Nesse post vou falar dos gastos
que a gente teve em Orlando e que basicamente serão os mesmos na viagem de
qualquer um, talvez uma coisinha ou outra seja diferente, mas será basicamente
a mesma coisa. Entretanto, haverá diferença nos valores, porque fomos há dois
anos e meio atrás e, além da atualização dos serviços, o dólar estava mais ou
menos R$2,40 na época e hoje está na casa dos R$3,20, mas de qualquer forma vou
colocar os valores para que vocês tenham uma ideia básica de quanto custa essa
viagem.
Vale ressaltar que não sou rica e
não esbanjo dinheiro, ocorre que as pessoas tem prioridades na vida, a minha é
viajar, a sua pode ser trocar de carro, ou fazer compras, ou comprar um
apartamento. Então, uma vez que eu decido viajar em todas as minhas férias, eu
passo um ano inteiro regulando meus gastos para conseguir ter meu descanso
merecido e poder fazer tudo que eu quero.
Passagem – nossa passagem saía de
BH, fazia conexão em Brasília e ia direto pra Miami. A volta era exatamente a
mesma coisa. Nossa companhia aérea foi a TAM que, apesar de ser péssima em voos
nacionais, é excelente no voo para Miami. O avião é novo e excelente, com
serviço de bordo muito bom, ótima alimentação, entretenimento em português e
atendimento cortês. Pagamos na época mais ou menos 700usd, o que deu uns
R$1.600,00. A passagem ainda gira em torno disso mesmo e, com paciência e
pesquisa, talvez consiga achar uma promoção com preço ainda mais em conta (o
problema está na cotação).
*Vou abrir um ps aqui para
explicar a questão do dólar no cartão de crédito. Dependendo da forma como
realiza-se uma compra, a mesma pode ser lançada no seu cartão em dólar ou em
real. Se você compra uma passagem, por exemplo, em uma agência de turismo,
geralmente eles já convertem o valor para real e usam a cotação do dia da
compra. Entretanto, quando a passagem é comprada em um site estrangeiro não há
conversão automática e ela permanece em dólar e a cotação efetiva será a do dia
do pagamento da fatura. Qual a relevância disso? Quando há, e geralmente há,
divergência na cotação, a diferença virá na fatura do cartão do próximo mês em
forma de crédito (quando há queda no valor do dólar) ou em forma de débito
(quando o dólar valoriza frente ao real). Não se esqueça que quando o valor é
debitado em dólar há também incidência de 6,38% de IOF.
Hotel – escolhemos um hotel que
ficava fora do complexo dos parques da Disney por causa do preço. Nós não damos
muita importância para luxo, o que procuramos é um quarto/apartamento limpo,
numa localização boa e com banheiro no quarto (não gosto de banheiro conjugado,
sou muito fresca para isso). Levando tudo isso em consideração e o custo
benefício, nos decidimos por um quarto no hotel Celebration Suites at Old Town
e ficamos realmente muito satisfeitos. Caso a gente volte para Orlando algum
dia (e vamos voltar! Fé em Deus!!!) com certeza cogitaríamos esse hotel.
Localiza-se na International Drive a mais ou menos 15 minutos dos parques da
Disney. O quarto conta com duas camas de casal, armário, tv, uma cozinha
equipada com mesa, armários, cafeteira, pia, armários com utensílios, fogão,
micro-ondas e geladeira. O banheiro tem um tamanho realmente interessante e
possui uma banheira. No quarto também tem uma sala bem grande que acomoda
facilmente mais umas quatro pessoas. Como o hotel não oferece café da manhã, o
fato de ter uma cozinha nos ajudou muito. O hotel é
dividido por blocos com vários apartamentos dispostos em dois andares, mais
parecia um condomínio que um hotel propriamente dito porque, ao
contrário do que imaginamos, não possui muros e não é delimitado. Nosso quarto
ficava localizado em um bloco longe da avenida principal, então o barulho não
era algo que nos incomodava. Tínhamos vaga na garagem e era bem seguro. Eu dou
nota 9 para o hotel (aprendi que nunca podemos dar nota 10, o estabelecimento
tem sempre que tentar melhorar em alguma coisa). Sabemos que tinha piscina em
algum lugar, mas como é algo que eu e o Kalil não ligamos, vou ser sincera e
dizer que nem sabia onde ficava. Eu não consegui achar o comprovante de reserva
para ter certeza, mas sei que foi no máximo 700usd por 14 diárias (mais ou
menos R$1.600,00 na época).
Carro – alugamos nossos carros
(sim, foram dois cof cof cof) na empresa Álamo. Atendimento muito bom apesar de
termos tido um probleminha (o qual foi resolvido assim que chegamos no Brasil e
o valor nos foi estornado, o que eu dou muita moral, sinceramente, porque eles
podiam simplesmente não fazer nada em relação ao que aconteceu). O primeiro
carro que pegamos foi o que usamos em Orlando. Era um Focus branco modelo
americano (diferente do modelo brasileiro). Carro realmente muito bom, com um
porta malas grande o suficiente para todas as nossas malas. Obviamente o carro
era automático e vinha incluída a possibilidade de dois condutores (algumas
locadoras cobram pelo segundo condutor), o que foi ótimo porque eu podia
dividir o volante com o Kalil também. O segundo carro que alugamos foi um
Mustang vermelho conversível (já ostentei em outro post) que usamos na viagem
Orlando -> Miami e para ir até Key West. O carro era lindo e luxuoso, mas
não podíamos pegar estrada com o capô aberto porque o porta malas era minúsculo
e várias bagagens viajaram no banco de trás (o que não pode, inclusive). Os
valores foram acessíveis ao nosso orçamento, tanto que optamos por trocar de
carro no final da viagem e pegar um modelo que nunca na vida teríamos
oportunidade de dirigir. No Focus pagamos R$1.250,00 e no Mustang pagamos
R$340,00 por duas diárias.
Tickets dos parques – as entradas
dos parques da Disney eu comprei no Brasil mesmo. Pesquisei e decidi por
comprar no site da Decolar, tendo em vista que eles dividiam em até 10x. Como
dito anteriormente, o complexo Walt Disney World é divido em quatro parques
temáticos e, apesar de parecer obvio visitar um parque por dia, existe mais de
uma opção de compra. Nos decidimos por quatro dias + 1 livre em que podíamos
repetir um da nossa escolha, o que totalizavam cinco dias de parques Disney.
Pagamos um valor de R$777,00. O parque da Universal eu juro que não vou lembrar
quanto pagamos porque compramos diretamente da bilheteria. Sinceramente não sei
porque não compramos daqui mesmo, porque o Decolar também vendia, mas sei que
era mais ou menos o mesmo valor, talvez um pouco menos. Então vamos considerar
que pagamos R$700,00.
Ticket jogo de basquete – se você
for em época de campeonato da NBA, é obrigatório incluir um jogo no seu
roteiro. Quando fomos, olhamos certinho quais jogos teriam e quais dias e
fizemos a compra do ticket do Brasil mesmo. Já disse anteriormente que não importa
onde você compre seu ingresso, porque em qualquer local do estádio terá uma
vista espetacular de todo o jogo. Escolhemos assentos um pouco distante da
quadra e compramos no ticketmaster por 35usd (R$84,00). Realmente imperdível.
Ticket Cirque du Soleil – o Kalil
não tinha ido em nenhum espetáculo do Cirque du Soleil e eu disse para ele que
a gente não podia deixar de ir de jeito nenhum. Ele adorou, até porque é tão
espetacular e tão perfeito que não tem como alguém não gostar. Nossos assentos
não eram no melhor lugar do teatro, ficamos na fileira do meio mais para trás,
o que foi ótimo porque o espetáculo acontece em vários lugares do teatro e não apenas no palco, na minha opinião ficar um pouco mais longe facilita a visão de todo
o espetáculo. Compramos o ticket no site da Disney e pagamos exatos 101,18usd cada
(R$242,00). É caro? Sim, principalmente porque hoje em dia o dólar está muito
alto, mas se puder dar uma apertada no orçamento e ir, garanto com 100% de
certeza que não irão se arrepender.
Dinheiro – o dinheiro que se leva
em uma viagem é basicamente usado para custos extras como alimentação (como se
alimentação fosse extra, né), gasolina, compras, estacionamentos, entrada em
alguma atração não comprada com antecedência e alguma emergência. No meu caso,
eu levei quase que o dinheiro suficiente, mas caí na besteira de usar o cartão
nos últimos dois dias por causa de fogo no rabo. O que isso gerou? A maior
fatura de cartão de crédito da história da minha vida. Foi uma enorme besteira,
principalmente porque usei para compras e não para alguma emergência. A dica
que eu dou é estabelecer um valor para gastar no dia e se ater a ele. Se sobrar
um pouco, ótimo, no próximo dia terá um pouquinho mais. Se precisar usar mais
do que esperava, programe-se para gastar menos no dia seguinte. Esse
planejamento ajuda a evitar dores de cabeça quando voltar à realidade da vida
normal. Outra dica é pesquisar o que você quer comprar e levar a lista pronta,
ou então vai fazer como eu sempre faço, não sabe o que comprar e acaba trazendo
um monte de besteiras e se arrependendo de ter deixado uma coisa legal e barata
para trás. Quanto a valor, acho que isso é bem relativo porque depende muito do
estilo da pessoa. Eu e o Kalil não fazemos viagem gastronômica, por exemplo,
então não costumamos gastar muito com alimentação (não é que vivemos a base de
fast food o tempo todo, a gente apenas não senta em restaurante com serviço de
garçom porque, caso você não saiba, nesse tipo de restaurante dos EUA, além do
valor da conta você ainda tem que acrescer de 15 a 20% das chamas tips –
gorjeta). Se não me engano, eu levei em média 2.500usd o que eu acho que é mais
do que suficiente.
*na minha época o dólar era
comprado usando apenas a cotação do dia + 0,38% de IOF, porém este último foi
majorado para 1,1% no início desse ano. Antigamente, o cartão pré pago ainda
era uma opção a ser estudada, porque pagava-se uma pequena taxa pela emissão +
0,38% de IOF no ato da recarga e fazia uso dele como se fosse um cartão de
débito. Porém, desde 2014 o governo majorou esse imposto para 6,38% (mesmo do
cartão de crédito), o que resultou no seu desuso e hoje em dia
pouquíssimas pessoas o utilizam já que não acumula milhas e não tem nenhum
benefício a não ser evitar sair do país com dinheiro vivo.
Compras – assim como em todo o
país, Orlando é recheada de lojas, shoppings e outlets para a loucura dos
brasileiros. Eu e o Kalil não somos os loucos das compras, então geralmente
tiramos um dia para visitar esses lugares. Em 2014 o dólar estava num valor bom
e deu para comprar várias coisas. Eu sinceramente achei que roupa não é uma
coisa muito interessante de comprar por lá, não acho que segue nosso estilo,
mas maquiagem, bolsas, tênis, mochilas e bugingangas era o paraíso. Para amantes
da Kipling como eu, o Premium Outlet foi um sonho (e até hoje eu acho que
deveria ter esbanjado por lá e aberto mão de outras besteiras). Tanto nos
parques da Disney quanto na Universal, a saída de cada atração cai em uma
lojinha com diversos itens. É realmente uma perdição e se você não se segurar
até a mãe vai vender para conseguir levar tudo o que quer. A dica que eu dou é
dar uma olhada nos Walmart da vida. São os melhores lugares para comprar
suvenirs, pois são originais e por um preço muitooo mais atrativo.
Outras lojas:
- Target;
- Kmart;
- Best Buy (favorita dos brasileiros), vende eletrônicos com preços lindos de morrer;
- Victoria's Secret, que apesar de não ser minha favorita, é muito americana e dá aquela sensação gostosa de viagem quando a gente entra em uma;
- Macy's.
Outras lojas:
- Target;
- Kmart;
- Best Buy (favorita dos brasileiros), vende eletrônicos com preços lindos de morrer;
- Victoria's Secret, que apesar de não ser minha favorita, é muito americana e dá aquela sensação gostosa de viagem quando a gente entra em uma;
- Macy's.
Viu, até o Chapéu Seletor é vendido no Walmart.
Seguro veículo – alugar um
veículo e não adquirir seguro é quase que um atestado de loucura. Nós fizemos
uma viagem de Miami para Orlando e, apesar de ser uma viagem relativamente
curta e de ser em uma estrada muito bem pavimentada pode acontecer algum
pequeno acidente que vai dar uma dor de cabeça sem fim, pois os custos serão em
dólar! Jesus, não quero nem pensar. Então, não queiram economizar nessa hora de
forma alguma. Nosso cartão de crédito incluía seguro de veículo caso o aluguel
fosse pago por ele, mas a empresa sempre tem algum para oferecer e, nessa hora,
deve-se estudar a melhor opção sempre pensando que o pior pode acontecer, mesmo
que na maioria das vezes não acontece, ne?!
Seguro viagem – este item é
imprescindível e muitas pessoas não dão importância porque é aquele tipo de
gasto que só usufruímos, por assim dizer, se alguma coisa de ruim acontecer
como machucar um pouco mais sério, passar mal e precisar de atendimento médico,
ou até mesmo quebrar alguma coisa. Porém, seguros viagem geralmente (falo geralmente
porque não sei se algum não cobre) tem cobertura a extravio de bagagem em voos
internacionais também limitado a um valor específico dependendo do tipo de
seguro adquirido. No meu caso e do Kalil, nós também não pagamos por esse tipo
de seguro porque nosso cartão de crédito nos dá direito quando compramos a
passagem aérea pelo cartão, mas, independentemente disso, todos devem adquirir
para segurança e tranquilidade da viagem.
Além de todos os itens acima, o
passaporte e o visto são necessários, mas como na minha época o passaporte
tinha validade de 5 anos, não creio que valha a pena falar sobre isso, até
porque os valores foram atualizados e o prazo está bem maior. Quanto ao visto,
eu fiz sozinha com ajuda do Kalil e da Graça (mãe dele), não contratei nenhuma
agência ou despachante. Preenchemos o formulário e fiz minha entrevista no Rio
de Janeiro, a qual foi bem tranquila. Não vou falar muito sobre isso pois se
trata de procedimentos mais burocráticos e merecem uma pesquisa mais cautelosa.
Os valores referentes a hotel e
carro foram divididos igualmente entre eu e o Kalil, então pode-se dizer que
uma viagem bem viajada como a minha (utilizando os preços da época) girou em
torno de R$8.000,00 para cada (nem incluí o dia que passamos em Miami, porque
foi o último dia da viagem e não fizemos nada além de ir pra Key West e passar
o dia lá). Levando em conta que o dólar subiu e os valores dos tickets e do
carro também subiram, conforme dei uma olhada bem superficial na internet, acho
que essa viagem hoje sairia em média uns R$10.000,00 caso ela fosse feita
nesses parâmetros que eu fiz. Se você decidir por um hotel dentro do complexo
da Disney, pagará mais caro pela hospedagem, mas irá economizar no carro, já
que esses hotéis contam com serviço de traslado tanto do/para aeroporto quanto
para os parques da Disney. Tudo, logicamente, é relativo ao estilo de viagem de
cada um.
Se eu fosse novamente (e irei, na GRAÇA DO
SENHOR!!!!) mudaria uma coisinha ou outra, mas seria basicamente dessa forma.
Talvez gastaria mais com passeios e menos com carro, por exemplo, mas posso
dizer que da forma como fizemos ficou mais que sensacional pra nós.
Adorei o post amiga! Só fiquei com uma dúvida... Esses Tickets dos parques que você mencionou, dão direito ao que?
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Amiga, os ingressos dão acesso ao parque e a todos os brinquedos, quantas vezes você quiser ir (a questão é só enfrentar as filas hahahah)
ExcluirMuito bom, me ajudou em algumas coisas que tinha dúvidas.
ResponderExcluir